As grandes firmas de auditoria independente estão apostando na convergência do Brasil ao padrão contábil internacional para turbinar suas receitas com consultoria no País. KPMG, Ernst & Young, Deloitte e Pricewaterhouse vêm montando grandes equipes para assessorar empresas brasileiras no processo de conversão das demonstrações financeiras às IFRS (International Financial Reporting Standards), modelo já adotado por 107 países e que será obrigatório a partir de 2010 para bancos e companhias listadas na Bolsa paulista.
O raciocínio das chamadas "Big Four" é simples: há muito trabalho a fazer num prazo relativamente curto. Isso porque o Iasb (órgão independente sediado em Londres, responsável pela emissão das normas IFRS) exige que o primeiro relatório oficial tenha os dados pro-forma do exercício anterior, as empresas nacionais terão que estar prontas já no início de 2009. Assim, especialistas acreditam que o ano que vem será marcado pela corrida das companhias para se aprontarem a tempo. "A conversão contábil pode levar até 18 meses", afirma Sérgio Romani, sócio da área de auditoria da Ernst.
Segundo ele, essa transição tende a ser menos traumática para as companhias brasileiras com ADRs listados nas bolsas dos EUA, já que são obrigadas a apresentar seus balanços em US Gaap, padrão americano que tem muitas semelhanças com o IFRS. Mas essa é a realidade de apenas 34 das mais de 450 empresas da Bovespa. "As demais vão descobrir que o IFRS é um padrão muito mais minucioso, que exige um volume de informações até 50% maior do que elas apresentam hoje e que a maioria nem sabe como apurar", alerta Romani. Assuntos como contratos de aluguel, apresentação de desempenho operacional por setores e marcação a mercado de operações com derivativos são exemplos de itens de detalhamento obrigatório nas IFRS, o que não acontece no modelo contábil brasileiro, de 1976.
Gazeta Mercantil (28/11/2007) - Leia a matéria na íntegra aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário