quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dez anos de Balanço Social

O Ibase lança livro inédito com análise de mais de mil balanços sociais publicados entre 1997 e 2005. A publicação traz panorama de investimentos empresariais em meio ambiente, ações sociais e no público interno.

As empresas estão, cada vez mais, comprometidas com a transparência de suas informações (como indicadores sociais e perfil do corpo funcional); em contrapartida, os investimentos em áreas importantes como meio ambiente e educação apresentam tendência de queda nos últimos anos. Este panorama é apresentado no livro “Balanço Social, Dez Anos: O Desafio da Transparência”.

Com 96 páginas e dividida em 6 seções, a publicação consolida uma série de dados contidos nos balanços sociais preenchidos pelas empresas que atuam no Brasil e utilizam o modelo Ibase como parâmetro. Foram analisados 1.288 Balanços Sociais de 345 empresas, entre 1997 e 2005.

“O objetivo do trabalho foi fazer uma avaliação de uma década de balanço social e captar tendências. Constatamos avanços, mas existe ainda um longo caminho a ser enfrentado pelas empresas para transformar suas práticas internas e externas”, resume Ciro Torres, coordenador da área de Responsabilidade Social e Ética nas Organizações do Ibase.

Os dados mostram que os investimentos ambientais caíram de uma média de 28 milhões/ano por empresa em 2003 para 20 milhões/ano em 2005 (o índice mais baixo desde 2000); já os investimentos internos em educação caíram de uma média de R$ 79,00 por funcionário(a) (para cada R$ 1 mil de investimento social interno) em 2000 para R$ 24,00 em 2005.

Os números mostram ainda que mantêm-se estáveis os percentuais de mulheres e negros empregados pelas empresas (em torno de 30% e 15% do total de funcionários, respectivamente, entre 2000 e 2005) e que dobrou o percentual de terceirizados (de 20,5% para 42,8%). Já os índices de transparência evoluem a cada ano: em 2005, por exemplo, praticamente todas as empresas (95%) informaram em seus balanços sociais o número de mulheres em seu corpo funcional (contra 72% em 2000).


Fonte: Ibase

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