Apenas 11 das cerca de 150 empresas brasileiras de capital aberto prestam informações organizadas aos acionistas para que participem das assembléias, de acordo com pesquisa feita pela Previ (caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil) no final do ano passado, o que inibe ainda mais a presença dos investidores nas reuniões.
O levantamento incluiu todas as companhias listadas no Novo Mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que reúne práticas de boa governança corporativa.
As empresas bem avaliadas foram: Lojas Renner, Gerdau S.A., Gerdau Metalúrgica, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Vale, Embraer, TIM, Cemig e Energias do Brasil. Mas, em geral, os assuntos das assembléias são abordados de forma genérica nos editais de convocação, sendo aprofundados só na reunião, o que dificulta uma análise completa pelo acionista.
Por isso, a Previ sugere a aplicação no mercado brasileiro do "proxy statement", documento que reúne as informações que devem ser fornecidas aos acionistas antes da votação nas assembléias das propostas dos Conselhos de Administração das empresas. O modelo é adotado no mercado americano.
"O acionista no Brasil precisa arrancar informações do departamento de relações com investidores da companhia, quando ele existe", disse o diretor de participações da Previ, Renato Chaves.
Fonte: RAQUEL ABRANTES, Folha de São Paulo, 19/01/2008
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