Portal Exame - 30.01.2008 - Por Patricia Lara
Agência Estado A polícia federal americana (FBI) abriu inquéritos contra 14 companhias para investigar possíveis fraudes contábeis, transações com informações privilegiadas e securitização de empréstimos relacionados a hipotecas de segunda linha (subprime).
Em mais um sinal dos efeitos resultantes da crise do setor hipotecário, a ação do FBI ocorre após a regulação leve da indústria - principalmente, das corretoras de hipotecas - ser apontada como uma das culpadas por vendas enganosas e abuso de produtos hipotecários.
O porta-voz do FBI, Bill Carter, afirmou que a agência está trabalhando "em proximidade" com o órgão regulador do mercado de valores mobiliários norte-americano (a Securities & Exchange Commission, SEC), mas algumas das investigações estão ocorrendo em paralelo.
[...]
Como já foi divulgado anteriormente, os procuradores federais do Brooklyn, Nova York e da SEC estão avaliando o colapso de dois fundos de proteção (hedge) do banco de investimento Bear Stearns. A SEC e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos também estão investigando o fornecimento de informações privilegiadas para a venda de ações e a contabilidade da New Century Financial, uma empresa de concessão de hipotecas que está em processo de falência.
Ontem, os bancos americanos Morgan Stanley e o Goldman Sachs apresentaram documentos regulatórios informando que receberam requerimentos de informações do governo e de agências regulatórias relacionadas a empréstimos subprime, mas as duas empresas não identificaram as agências que pediram a documentação. Também evitaram comentar o assunto.
[...]
Parte das investigações da SEC está relacionada ao potencial uso de informações privilegiadas, com foco nas baixas contábeis mais amplas do que as projetadas e reveladas recentemente pelos bancos de Wall Street. A forma como as agências de avaliação de risco conferiram notas a esses ativos formados pelo empacotamento de hipotecas também faz parte do esforço, segundo o jornal norte-americano Financial Times. As informações são com os jornais Wall Street Journal e Financial Times.
Leia a íntegra aqui
0 comentários:
Postar um comentário