sexta-feira, 11 de julho de 2008

CVM: Estudo sobre a Avaliação da Rotatividade dos Auditores Independentes

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apresentou o resultado do Estudo sobre a Avaliação da Rotatividade dos Auditores Independentes, elaborado por pesquisadores do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ.

O objetivo do estudo, contratado pela Autarquia, foi avaliar a efetividade e a pertinência da regra do rodízio de auditores independentes no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, instituído pela Instrução CVM nº 308, de 14 de maio de 1999.

O estudo analisa, principalmente, as evidências comprovadas na prática sobre a efetividade da auditoria promovida pelo rodízio e a existência de formas alternativas para aprimorar o processo de auditoria, em comparação ao rodízio.

O estudo conclui, de um lado, que há elementos quantitativos que indicam a efetividade da regra de rodízio para auditores. Por outro prisma, o estudo constata, a partir de entrevistas com participantes do mercado, que existem custos relevantes decorrentes da regra de substituição compulsória e periódica dos auditores independentes.

O estudo está estruturado da seguinte forma:



  1. Arcabouço Teórico;

  2. Experiência Internacional;

  3. A Legislação sobre Rotatividade de Auditores no Brasil;

  4. Rotatividade de Auditores e a Qualidade das Demonstrações Contábeis;

  5. Impressões Coletadas em Entrevistas;

  6. Possíveis Desenhos Regulatórios Alternativos, e

  7. Rotatividade de Auditores e o Mercado de Auditoria.



Leia aqui a íntegra do estudo.

Fonte: CVM

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César Tibúrcio tece alguns comentários em seu Blog Contabilidade Financeira sobre o estudo da PUC e aponta em um trecho de matéria do Valor Econômico sobre este estudo da CVM:

Rodízio eleva transparência, mas modelo tem custo alto

A autarquia encomendou o estudo para a PUC-Rio porque queria uma análise acadêmica independente para avaliar os efeitos práticos do rodízio em termos de benefícios para o mercado de capitais, já que a obrigação de troca de firma de auditoria a cada cinco anos é criticada tanto pelos auditores como pelas empresas.

(Valor Econômico - 10/07/2008)

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Rodízio de auditoria aumenta chance de ressalva em balanço em 39%, diz estudo encomendado pela CVM A implantação do rodízio obrigatório de auditorias para companhias abertas no Brasil a partir de 1999 aumentou de 17,3% para 24,1% a chance de a empresa em análise ter uma ressalva a ser feita no balanço - uma elevação de 39%. A conclusão é de estudo feito pela PUC-Rio, a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tomou como base 5 mil balanços de empresas não financeiras entre os anos de 1999 e 2006. Esse aumento pode ser interpretado como sinal de maior rigor na análise das contas das empresas.

O estudo mostra ainda que a mudança induzida de auditoria levou a uma revisão, ainda que pequena, nas contas de ativos totais (-1,8%) e de créditos (+2,4%) das companhias e também a um aumento de 6% no número de contas facultativas do balanço que são divulgadas, elevando a transparência.

O efeito do rodízio, ainda segundo o estudo, é muito maior nas empresas abertas com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) do que nas demais companhias.

Fonte: Valor Econômico (íntegra da matéria em O Globo on line Economia)




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