O objetivo do estudo, contratado pela Autarquia, foi avaliar a efetividade e a pertinência da regra do rodízio de auditores independentes no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, instituído pela Instrução CVM nº 308, de 14 de maio de 1999.
O estudo analisa, principalmente, as evidências comprovadas na prática sobre a efetividade da auditoria promovida pelo rodízio e a existência de formas alternativas para aprimorar o processo de auditoria, em comparação ao rodízio.
O estudo conclui, de um lado, que há elementos quantitativos que indicam a efetividade da regra de rodízio para auditores. Por outro prisma, o estudo constata, a partir de entrevistas com participantes do mercado, que existem custos relevantes decorrentes da regra de substituição compulsória e periódica dos auditores independentes.
O estudo está estruturado da seguinte forma:
- Arcabouço Teórico;
- Experiência Internacional;
- A Legislação sobre Rotatividade de Auditores no Brasil;
- Rotatividade de Auditores e a Qualidade das Demonstrações Contábeis;
- Impressões Coletadas em Entrevistas;
- Possíveis Desenhos Regulatórios Alternativos, e
- Rotatividade de Auditores e o Mercado de Auditoria.
Leia aqui a íntegra do estudo.
Fonte: CVMComentários - 1
Rodízio eleva transparência, mas modelo tem custo alto
A autarquia encomendou o estudo para a PUC-Rio porque queria uma análise acadêmica independente para avaliar os efeitos práticos do rodízio em termos de benefícios para o mercado de capitais, já que a obrigação de troca de firma de auditoria a cada cinco anos é criticada tanto pelos auditores como pelas empresas.
(Valor Econômico - 10/07/2008)
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Rodízio de auditoria aumenta chance de ressalva em balanço em 39%, diz estudo encomendado pela CVM A implantação do rodízio obrigatório de auditorias para companhias abertas no Brasil a partir de 1999 aumentou de 17,3% para 24,1% a chance de a empresa em análise ter uma ressalva a ser feita no balanço - uma elevação de 39%. A conclusão é de estudo feito pela PUC-Rio, a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tomou como base 5 mil balanços de empresas não financeiras entre os anos de 1999 e 2006. Esse aumento pode ser interpretado como sinal de maior rigor na análise das contas das empresas.
O estudo mostra ainda que a mudança induzida de auditoria levou a uma revisão, ainda que pequena, nas contas de ativos totais (-1,8%) e de créditos (+2,4%) das companhias e também a um aumento de 6% no número de contas facultativas do balanço que são divulgadas, elevando a transparência.
O efeito do rodízio, ainda segundo o estudo, é muito maior nas empresas abertas com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) do que nas demais companhias.
Fonte: Valor Econômico (íntegra da matéria em O Globo on line Economia)
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