A revista The Economist discute a questão da necessidade que as empresas possuem de “ter caixa”. Em All you need is cash (The Economist, 20/11/2008) o texto faz um retrospecto da história recente das empresas, onde ter caixa era sinal de ineficiência. Hoje o foco é a “queima de caixa”, ou seja, o quanto as empresas estão consumido do seu caixa e a duração que este caixa terá nos próximos meses (o índice “queima de caixa” e sua explicação pode ser encontrado no livro de Administração do Capital de Giro, de Assaf Neto e Tibúrcio Silva, pela Atlas).
Em termos macro-econômicos, como as empresas estão cortando o gasto discricionário, o resultado será o que Keynes denominava de “paradox of thrift”: cada empresa corta seu gasto e isto influencia no processo de recessão da economia. O ótimo individual não corresponde ao ótimo coletivo.
Além disto, o momento é ótimo para as empresas predadoras, que possuem recursos, como é o caso da Microsoft, que atualmente tem 21 bilhões, e as empresas farmacêuticas (Eli Lilly, Roche, Merck e Bristol-Myers Squibb), que podem adquirir as empresas de biotecnologia. É interessante notar que um texto da CFO (GM Controller to Peers: Watch Your Assets, David McCann, CFO.com, 20/11/2008) mostra a situação da empresa General Motors. E comenta que a empresa está sendo gerenciada, nos dias atuais, pelo caixa. O raciocínio é: tenho pagamentos a fazer e devo tomar medidas para converter meus ativos em caixa.
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