sábado, 8 de agosto de 2009

Impairment: O caso da Gerdau

Com a convergência do Brasil às normas do IASB, ao final de cada exercício as sociedades anônimas e empresas de grande porte deverão efetuar a análise de recuperabilidade dos valores de seus ativos (impairment), cujo detalhamento quanto à forma de aplicação desta análise consta no Pronunciamento Técnico CPC nº 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

Um caso bem claro do impacto da adoção desta nova regra contábil são as demonstrações contábeis da Gerdau.

A Gerdau apresenta um excelente nível de transparência e qualidade nas suas demonstrações contábeis. Em nosso livro fazemos alguns comentários sobre a seção de RI do site da empresa (Capítulo 9).

Visite aqui o site da Gerdau: http://www.gerdau.com.br/investidores/informacoes-financeiras-balancos-anuais.aspx

Veja a seguir um trecho da matéria de ontem do Valor Econômico.

(AAS)



Baixa contábil tira mais de R$ 1 bi do balanço da Gerdau

A reavaliação dos ativos das empresas por conta da desaceleração da economia mundial voltou a fazer estragos nos resultados trimestrais das companhias de capital aberto. A Gerdau registrou seu primeiro prejuízo trimestral desde que a empresa começou a divulgar o desempenho trimestral consolidado, em 2001.

O resultado do segundo trimestre trouxe baixas contábeis de R$ 1,08 bilhão em ativos que estavam registrados no balanço acima do chamado "valor de recuperação", uma novidade introduzida pelas Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS).

Segundo Osvaldo Schirmer, diretor vice-presidente da Gerdau, sem esses itens "não recorrentes" o grupo teria lucro líquido consolidado de R$ 467 milhões. No mesmo período de 2008, o resultado havia sido de R$ 2,1 bilhões.

A siderúrgica foi uma das primeiras a adotar por completo as normas internacionais, em 2007. A maioria das empresas ainda está em processo de convergência.

De acordo com Wanderley Olivetti, diretor de assuntos técnicos do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), as empresas têm que fazer a revisão das perspectivas de mercado assumidas para projetar a expectativa de geração de caixa uma vez por ano ou à medida que essas circunstâncias vão sendo modificadas.

No caso da Gerdau, as baixas contábeis provocadas pela reavaliação dividiram-se entre ativos imobilizados (R$ 440 milhões), ágio (R$ 230 milhões), intangíveis (R$ 300 milhões) e "outros" (R$ 100 milhões). Schirmer destacou que a operação não tem impacto sobre o caixa - que alcançou R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 5,6 bilhões em junho do ano passado.

AQUI a íntegra desta matéria do Valor Econômico

VEJA TAMBÉM

1 comentários:

Nanda Lima disse...

CASO GERDAU: Professor sua orientação tem sido muito importante para o desenvolvimento das nossas atividades na UNEB!
Simplismente, encontramos aqui e em seu livro todo suporte para desenvolvermos nossas pesquisas!
Tenho muito orgulho de ter lhe conhecido!
Hoje lhe vejo como um exemplo de profssor, ÉTICO e COMPROMETIDO com a docencia! Parabéns...
Deus te protja!