Martins ressaltou que as empresas usarão, em 2009, os mesmos critérios contábeis do ano passado e a nova regulamentação será aplicada integralmente apenas no próximo ano. O diretor recordou que 14 normas já foram editadas, quatro entrarão em audiência pública, outras quatro estão atualmente nesta fase de consulta e cerca de dez interpretações serão divulgadas este ano - seis em setembro e quatro em outubro. Martins avaliou que, neste processo de mudança, dois pontos podem suscitar mais dúvidas: as regras sobre provisões para perdas e as baixas por venda de instrumentos financeiros.
A regra que trata dos ativos de concessionárias - e define a quem pertence o patrimônio das concessões - será colocada em audiência pública em setembro. A medida já está aprovada pelo CPC, disse Martins, que foi palestrante hoje em reunião-almoço na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). "Acho que agora não há mais dúvidas de que esta norma será uma melhoria enorme na qualidade da informação", afirmou.
Para Martins, a adaptação das regras contábeis ao padrão IFRS irá melhorar a qualidade das informações, mas isso vai exigir dos diretores uma mudança nos padrões de governança das empresas, porque "as responsabilidades que hoje são restritas ao contador passam a ser de todos". Conforme ele, serão colocadas em audiência pública em setembro normas sobre demonstrativo consolidado, demonstrativo em separado, investimentos em joint venture e investimentos em coligadas.
Do pacote total previsto, duas normas foram postergadas à espera de definições do International Accounting Standards Board (IASB): o cálculo técnico do lucro por ação e a que trata de exploração e avaliação de recursos minerais.
Fonte: Sandra Hahn - Agência Estado
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