Valor Online
Com a área de normas contábeis e auditoria em evidência, é possível que um especialista dessa área volte a ocupar uma cadeira na diretoria colegiada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que não ocorre há muitos anos.
O Valor apurou com pessoas próximas à autarquia e às empresas de auditoria que Eliseu Martins e Hugo Rocha Braga, dois respeitados professores de contabilidade e ex-diretores da CVM, teriam sido sondados para ocupar a vaga deixada por Durval Soledade.
Martins, que foi diretor da CVM no fim da década de 80, não teria demonstrado tanto interesse. Procurado pelo Valor, Martins não quis comentar o assunto. Já a CVM afirmou, por meio de porta-voz, que as nomeações da diretoria são assunto do Ministério da Fazenda.
Um dos motivos da dificuldade de se encontrar algum diretor relacionado à área de contabilidade, diz um interlocutor, é que o ritmo de julgamentos na autarquia está muito intenso, o que exige conhecimentos jurídicos e resulta em muita exposição. Além disso, o salário de cerca de R$ 8 mil é considerado baixo.
A agenda intensa do setor neste ano de fato vai exigir bastante da CVM. O motivo principal é a nova lei contábil, aprovada no apagar das luzes de 2007, o que pegou todos de surpresa e precipitou o trabalho de regulamentação adicional, que é extenso e complexo.
A nova regulamentação tem como objetivo a convergência com os padrões internacionais de contabilidade, uma bandeira que une CVM, analistas de investimento, companhias abertas e a maioria dos auditores.
Já o rodízio, ao contrário, tem um histórico de embates constantes, alguns na Justiça, entre o órgão regulador e os auditores. E, agora, a convergência é um argumento a favor dos auditores, já que o rodízio não vingou nos principais mercados de capitais.
Para complicar um pouco mais a situação, o superintendente de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana, ficará afastado por dois meses por conta de problemas de saúde. Ele é principal especialista da autarquia no assunto e acompanhou tudo o que se discutiu nas últimas décadas nessa seara.
O presidente do Ibracon, Francisco Papellás, se disse surpreso com a possibilidade de que alguém da área de contabilidade estaria sendo cotado para a diretoria da CVM. "A volta de diretores ligados a área de normas contábeis e auditoria é um pleito antigo nosso", disse.
Fonte: Catherine Vieira e Nelson Niero - Valor Online in CFC
Com a área de normas contábeis e auditoria em evidência, é possível que um especialista dessa área volte a ocupar uma cadeira na diretoria colegiada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que não ocorre há muitos anos.
O Valor apurou com pessoas próximas à autarquia e às empresas de auditoria que Eliseu Martins e Hugo Rocha Braga, dois respeitados professores de contabilidade e ex-diretores da CVM, teriam sido sondados para ocupar a vaga deixada por Durval Soledade.
Martins, que foi diretor da CVM no fim da década de 80, não teria demonstrado tanto interesse. Procurado pelo Valor, Martins não quis comentar o assunto. Já a CVM afirmou, por meio de porta-voz, que as nomeações da diretoria são assunto do Ministério da Fazenda.
Um dos motivos da dificuldade de se encontrar algum diretor relacionado à área de contabilidade, diz um interlocutor, é que o ritmo de julgamentos na autarquia está muito intenso, o que exige conhecimentos jurídicos e resulta em muita exposição. Além disso, o salário de cerca de R$ 8 mil é considerado baixo.
A agenda intensa do setor neste ano de fato vai exigir bastante da CVM. O motivo principal é a nova lei contábil, aprovada no apagar das luzes de 2007, o que pegou todos de surpresa e precipitou o trabalho de regulamentação adicional, que é extenso e complexo.
A nova regulamentação tem como objetivo a convergência com os padrões internacionais de contabilidade, uma bandeira que une CVM, analistas de investimento, companhias abertas e a maioria dos auditores.
Já o rodízio, ao contrário, tem um histórico de embates constantes, alguns na Justiça, entre o órgão regulador e os auditores. E, agora, a convergência é um argumento a favor dos auditores, já que o rodízio não vingou nos principais mercados de capitais.
Para complicar um pouco mais a situação, o superintendente de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana, ficará afastado por dois meses por conta de problemas de saúde. Ele é principal especialista da autarquia no assunto e acompanhou tudo o que se discutiu nas últimas décadas nessa seara.
O presidente do Ibracon, Francisco Papellás, se disse surpreso com a possibilidade de que alguém da área de contabilidade estaria sendo cotado para a diretoria da CVM. "A volta de diretores ligados a área de normas contábeis e auditoria é um pleito antigo nosso", disse.
Fonte: Catherine Vieira e Nelson Niero - Valor Online in CFC
1 comentários:
Ótimo blog!!!! Visitarei sempre!!!
Postar um comentário