terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Brincadeira de Mau Gosto 2

Representantes das Entidades Contábeis Congraçadas repudiam declaração e presidente da Totvs pede desculpas

A declaração do presidente da empresa de software Totvs, Laércio Cosentino, de que o Contador não seria mais necessário com a evolução da tecnologia, foi veementemente rechaçada pelos representantes das Entidades Contábeis Congraçadas de São Paulo. Em manifesto dirigido ao presidente da Totvs (reproduzido abaixo), os signatários lembram que os softwares produzidos pela empresa “foram criados graças às informações de Contabilistas”.

Nós, em nome das Entidades Contábeis Congraçadas, que representam 117.000 Contabilistas e 18.500 empresas contábeis em atividade no Estado de São Paulo, repudiamos com veemência sua afirmação sobre o Contabilista estar se tornando dispensável com a evolução de novas ferramentas tecnológicas. É lamentável que o senhor tenha esquecido que tais ferramentas foram criadas graças às informações de Contabilistas aos profissionais de Tecnologia da Informação, que as elaboraram, e que seu sucesso só se concretizou porque foram adotadas pelos profissionais contábeis. Nós, que honrosamente fazemos parte dos 417.000 Contabilistas e das 74.000 empresas de serviços contábeis no Brasil, reafirmamos nossa confiança no trabalho dos profissionais, que, a partir da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, mais uma vez, elevam nosso País a uma posição econômica de destaque junto às grandes nações.


Esclarecimento

Em carta enviada aos signatários do manifesto (leia abaixo), Cosentino afirma que houve um “mal entendido” e ressalva a importância do profissional contábil.


Em resposta ao manifesto dos representantes das Entidades Contábeis Congraçadas de São Paulo, eu, Laércio Cosentino, presidente da TOTVS, líder na atividade de desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial integrada e na prestação de serviços relacionados no Brasil, reforço que em nenhum momento afirmei que “o Contador não seria mais necessário com a evolução da tecnologia”. Peço desculpas pelo mal entendido. Nunca desqualificamos a posição do profissional contábil. Pelo contrário, dentro da nossa companhia contamos com cerca de 100 profissionais dedicados às áreas fiscal e contábil. Além disso, no atendimento de contas diferenciadas, por exemplo, há Contadores especializados que ajudam nossos clientes a utilizar o melhor do produto para cada situação e a se posicionarem frente a todas as regras de governança corporativa. Como eles são especialistas no processo e no produto, podem apoiar com muito mais qualidade e propriedade. Conseguem entender o problema e identificar a melhor solução mais rapidamente. Em minha declaração, apenas comentei que o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) está promovendo uma mudança tecnológica que permite ao governo armazenar, eletronicamente, um grande número de informações das empresas, com possibilidade de se fazer inúmeros cruzamentos de dados, o que mudou o perfil e a responsabilidade do trabalho da Contabilidade, pois a interação com o fisco passou a ser diária. E que a tecnologia tem que agilizar todo o processo fiscal, auxiliando na eliminação de vários fluxos de trabalho com a integração das informações. Vivemos novos tempos, com desafios para a tecnologia e para os usuários. A informação passou a circular com maior rapidez, o que impõe maior controle e assertividade. Para que tudo isto aconteça, sempre existirá um Contabilista responsável por toda operação. Obrigado, Laércio Cosentino.

Fonte: Blog José Adriano


Vide post anterior sobre este assunto: Brincadeira de Mau Gosto

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