segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Contabilidade nos EUA: retrospectiva 2009

De acordo com matéria do CFO.com "Best of 2009: Accounting" os reguladores americanos ainda estão indecisos se irão exigir que as empresas americanas abandonem o USGAAP em favor das normas internacionais (IFRS). Entretanto, tanto os defensores quanto os opositores da mudança apresentaram ao longo do ano argumentos de peso para suas posições em várias matérias publicadas ao longo do ano pelo site CFO.com (algumas delas linkadas ou traduzidas neste Blog)..

Enquanto isso, um acalorado debate continua nos EUA sobre as regras de contabilidade relacionadas especialmente ao valor justo. Ainda de acordo com a matéria, em 2009 houve desenvolvimentos importantes em outras áreas, como por exemplo, o reconhecimento de receitas, contabilização de leasing, apresentação de demonstrações financeiras, auditoria e passivos contingentes.

Veja AQUI a íntegra da matéria com os links para as principais matérias selecionadas pelo CFO.com.

Enquanto nos EUA o debate quanto a convergência às IFRS segue acalorado, aqui no Brasil tudo foi importado e implantando passivamente sem maiores debates! Onde estavam os profissionais de contabilidade, as entidades de classe e "as academias" para discutir, questionar, sugerir....? No Brasil o CPC entendeu que as IFRS eram melhores que as USGAAP, e os reguladores seguiram sem questionar. Será que os "reguladores americanos" não percebem tão claramente quanto os "reguladores do Brasil" que as IFRS são o "melhor caminho"? Ou será que os "reguladores do Brasil" não estão percebendo o que os americanos estão vendo? Será que que as IFRS ou USGAAP são o melhor caminho? Será que não existem nenhum GAP nestes GAAP? Chamou-nos atenção os relatórios do CPC às sugestões encaminhadas durante as audiências públicas. Percebe-se que as sugestões de melhorias meramente redacionais foram amplamente acatadas, as demais, em quase sua totalidade não foram acatadas em razão do CPC preferir "acompanhar a linha adotada pelo IASB por razões de facilidade de comunicação", a despeito de concordar com a adequação e rigor das sugestões, conforme vários relatórios de audiência pública. Na Europa as IFRS começam a ser questionadas. Os principais mercados relutam em adotar de forma irrestrita as IFRS. E no Brasil?

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