Fico a questionar como podemos aqui no Brasil migrar com tanta rapidez se os americanos, referência mundial em sistemas de informação, e elogiados por uns como os que até então tinham uma excelente normatização contábil, estão empurrando o máximo que podem a adoção das IFRS. Ou somos muito bons, e não dávamos conta disto, ou corremos o risco de cometer algumas sérias derrapagens na elaboração dos próximos demonstrativos contábeis das sociedades anônimas e de grande porte. Os investidores, em especial os pequenos, devem tomar muito cuidado na hora e analisar os resultados e a solidez econômica das nossas companhias abertas.
Na matéria a seguir reproduzida os articulistas do FinancialWeb fazem algumas ponderações sobre a convergência americana e comentam sobre o prazo original de 2014 (grifos nossos).
Outros posts: EUA: IFRS em 2015 e EUA: IFRS em 2015 - Parte 2
(AAS)
CVM AMERICANA QUER IFRS ATÉ 2014
Órgão comunica proposta dias após de Iasb jogar a toalha no que diz respeito à convergência mundial
Dias depois de o International Accounting Standards Board (Iasb) jogar a toalha no processo de universalização das regras contábeis internacionais, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission, em inglês), anunciou por meio de comunicado projeto que deve obrigar companhias de capital aberto daquele país a operar com base no IFRS ate 2014.
A decisão foi tomada por uma votação, por cinco votos a zero. O prazo pode ser revisto. Em 2008, a SEC propôs um guia para deixar que as companhias com valor de mercado acima de US$ 700 milhões abandonem os padrões do US Gaap até 2014.
O Iasb é o órgão mais representativo internacionalmente no que diz respeito a contabilidade, com cerca de cem países adotando suas indicações. No Brasil, as demonstrações contábeis dentro do modelo internacional são obrigatórias a partir de 2010, tendo 2009 ajustado para base comparativa. O órgão foi nomeado pelo G-20 para supervisionar o desenvolvimento de um único padrão contábil de alta qualidade até meados de 2011.
Já o Fasb, seu par norte-americano, é responsável pela confecção das regras nos Estados Unidos, chamadas US Gaap. A ideia, portanto, era produzir uma nova modelagem, incluindo ambas as considerações em um processo de convergência mundial.
Fonte: FinancialWeb, via IBRACON
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