Muito oportuno o post de César Tibúrcio sobre o acidente ambiental no Golfo do México, relacionando-o com os reflexos do mesmo na contabilidade da empresa.A contabilidade ambiental nestes últimos anos tem ocupado um importante espaço nas discussões ambientais. Não há como tratar do assunto sem lembrar da necessidade de mensuração e evidenciação destes importantes eventos de impacto tanbém econômico.
Durante o 1º Encontro Regional Temático da "Campanha Global de Liderança Climática Brasil 2020", ocorrido semana passada em Vitória da Conquista, Bahia, a Drª Célia Sacramento (UFBA), que palestrou no Grupo de Trabalho que discutiu "Políticas Climáticas – Alternativas aos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo", alertou sobre a importância da contabildade no contexto das discussões ambientais.
Foto: NASA/AP, via Folha de São Paulo (AAS)
Leia a seguir o texto do Prof. Dr. César Tibúrcio (UNB.
Por que o vazamento do Petróleo no Golfo do México é importante para Contabilidade?
O vazamento de petróleo no Golfo do México faz voltar os olhos para a empresa BP, responsável pela plataforma. Esta notícia é relevante para contabilidade por duas razões.
Em primeiro lugar, existe a questão da mensuração dos efeitos do vazamento sobre a situação financeira da empresa. Isto inclui não somente os custos diretos, que inclui pagamento de indenizações e aqueles desembolsos vinculados as medidas emergenciais para conter o desastre. Existem também os custos indiretos, que pode inclui a reputação, aumento nas despesas de seguros, entre outros aspectos. Para o contador da empresa, o desastre poderá gerar a necessidade de uma provisão para cobrir estes desembolsos futuros.
O segundo aspecto é mais complicado e diz respeito a evidenciação das informações de natureza ambiental. Neste sentido, o histórico da empresa permite concluir que talvez a empresa tenha sido desleixada nas práticas ambientais. Segundo um comentário divulgado pelo Riskmetrics, em abril de 2009, a empresa já apresentava alguns sinais preocupantes nesta área. Anteriormente, acidentes na refinaria de Texas City da empresa, multas de segurança e corrosão em oleoduto indicava existência de sérios problemas ambientais, que custaram a empresa 10 bilhões de dólares, ou 40% do fluxo de caixa das operações. Além disto, a segurança ambiental da empresa estava abaixo da média do setor. Além disto, um relatório mostrou que a empresa sabia dos problemas de segurança da refinaria de Texas City antes do acidente.
Fonte: aqui
Em primeiro lugar, existe a questão da mensuração dos efeitos do vazamento sobre a situação financeira da empresa. Isto inclui não somente os custos diretos, que inclui pagamento de indenizações e aqueles desembolsos vinculados as medidas emergenciais para conter o desastre. Existem também os custos indiretos, que pode inclui a reputação, aumento nas despesas de seguros, entre outros aspectos. Para o contador da empresa, o desastre poderá gerar a necessidade de uma provisão para cobrir estes desembolsos futuros.
O segundo aspecto é mais complicado e diz respeito a evidenciação das informações de natureza ambiental. Neste sentido, o histórico da empresa permite concluir que talvez a empresa tenha sido desleixada nas práticas ambientais. Segundo um comentário divulgado pelo Riskmetrics, em abril de 2009, a empresa já apresentava alguns sinais preocupantes nesta área. Anteriormente, acidentes na refinaria de Texas City da empresa, multas de segurança e corrosão em oleoduto indicava existência de sérios problemas ambientais, que custaram a empresa 10 bilhões de dólares, ou 40% do fluxo de caixa das operações. Além disto, a segurança ambiental da empresa estava abaixo da média do setor. Além disto, um relatório mostrou que a empresa sabia dos problemas de segurança da refinaria de Texas City antes do acidente.
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1 comentários:
Muito bom
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